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Como funciona a gravidez através do útero de substituição (barriga de aluguel)

Parece enredo de novela, mas o útero de substituição, também conhecido como barriga de aluguel, é um recurso usado para reprodução assistida. Permitido no Brasil, com algumas restrições (veja abaixo), tem possibilitado a realização do sonho de muitos casais.


Quando é indicado?

Ele é realizado nas pacientes que não possuem útero ou que apresentam alterações uterinas que impeçam a implantação do embrião.

A técnica é recomendada também quando são identificadas condições maternas que apresentam alto risco de morte durante a gestação, como doenças cardíacas, pulmonares ou renais grave.


Como é realizado?

O tratamento é semelhante ao procedimento feito na fertilização in vitro (FIV/ICSI), porém os embriões são transferidos para o útero da doadora temporária.

A paciente que deseja ser mãe passa por um processo de estímulo ovariano, para “amadurecimento” do maior número de óvulos possível, utilizando para isso hormônios injetáveis.

Os óvulos são retirados do ovário e levados ao laboratório, onde serão fertilizados com os espermatozoides do pai da criança, gerando embriões. Paralelamente, a doadora recebe um preparo hormonal para o crescimento do endométrio. Ela passa por avaliação clínica, psicológica e são realizados exames para descartar doenças infectocontagiosas.

Com o endométrio adequado para implantação embrionária, o embrião é transferido para doadora.


Detalhes do Processo

As doadoras temporárias devem ter parentesco consanguíneo de até 4o grau com um dos membros do casal.

Se a doadora não atender a esses critérios de parentesco, é necessário solicitar uma autorização especial ao Conselho Regional de Medicina.

É proibido que a cessão temporária do útero seja feita com caráter comercial, ou seja, não é aceitável que a barriga de aluguel seja paga para ceder seu útero para a gravidez.

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