Riscos e dificuldades de ter um filho próximo aos 40 anos
O pico reprodutivo na mulher é dos 25 aos 29 anos, fase em que ela tem as maiores chances de engravidar. Após esta idade a fertilidade começa a cair e tem uma queda brusca a partir dos 35 anos, dificultando a gestação a cada ano que passa. A chance de gravidez em cada ciclo menstrual é de 20% aos 30 anos, e essa taxa cai para cerca de 5% quando a mulher tem 40 anos. Quanto à fertilidade masculina, sabe-se que a partir dos 30 anos o sêmen já apresenta as primeiras ações do envelhecimento.
Além de dificuldades de o casal engravidar, com o avançar da idade há também aumento gradual no risco de problemas genéticos no feto. De uma forma geral, numa gestação onde o pai e a mãe têm mais de 40 anos, há 30% a mais de chances de o bebê nascer com Síndrome de Down. E em homens com mais de 50 anos, crescem ainda mais as probabilidades de os bebês terem autismo e esquizofrenia.
Em termos gerais, manter hábitos saudáveis é a melhor forma de preservar a fertilidade do casal. Não fumar, manter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente contribuem positivamente. É importante, também, evitar as doenças sexualmente transmissíveis e o uso de anabolizantes.
Há vários tratamentos de reprodução assistida que podem auxiliar esses casais a realizarem o sonho da paternidade, mesmo que tardiamente. Em função da queda da reserva ovariana da mulher com a idade, geralmente a indicação é a fertilização in vitro (FIV). Na FIV, os ovários da mulher são estimulados com medicações hormonais a amadurecer o maior número de óvulos possível. Quando no tamanho ideal, são coletados e levados ao laboratório para serem fertilizados com o sêmen do futuro pai, que é coletado por masturbação. Após a fertilização, o embrião gerado é observado por até 6 dias no laboratório e após é transferido para o útero materno. E para auxiliar esses casais a reduzir as chances de gerar uma criança com anomalias genéticas, há ainda a possibilidade de realizar o diagnóstico pré-implantacional, onde o embrião é submetido a um exame para análise genética antes dessa transferência para o útero.