O tratamento hormonal usado na fertilização in vitro (FIV) para mulheres não aumenta o risco de tumores no ovário. A confirmação vem de um estudo desenvolvido pelo Instituto Holandês do Câncer e apresentado no Congresso Europeu de Reprodução Assistida e Embriologia (ESHRE), realizado na Áustria.
Pesquisadores acompanharam casos e dados de mais de dez mil holandesas e concluíram que não há risco de câncer de ovário. Além disso, os estudos apontam que não há risco oncológico nos bebês nascidos após tratamento médico de infertilidade.
Por que essa dúvida surgiu?
As mulheres que vão realizar a FIV são submetidas à estimulação ovariana para chegar a uma superovulação. Os óvulos são aspirados por uma agulha guiada por ultrassom transvaginal. Nos homens, a coleta do sêmen é feita por masturbação. Após selecionar os melhores espermatozoides e óvulos, é realizada a FIV. Depois de 2 a 5 dias, o óvulo fertilizado passa a ser considerado um embrião e é transferido ao útero da paciente.
O nível elevado de estrogênio na paciente durante os dez dias de ovulação poderia ser um fator para desenvolver tumor nos ovários. Entretanto, não há comprovação científica de risco desse tipo de câncer em mulheres submetidas a esse tipo de tratamento de infertilidade.
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